Omayra Sánchez

Omayra Sánchez Garzón (Armero, 28 de agosto de 1972 — Armero, 16 de novembro de 1985) foi uma garota colombiana que morreu em Armero vítima da erupção vulcânica do vulcão Nevado del Ruiz, então com treze anos de idade.

Fotografia que chocou o mundo e ganhou o premio  World Press Photo

Depois de uma avalanche destruir sua casa, Omayra ficou presa sob os escombros, permanecendo assim por três dias. A sua coragem e dignidade tocou os jornalistas e os trabalhadores volutários que não mediram esforços para confortá-la. Depois de 60 horas de luta, ela morreu em resultado de uma gangrena e hipotermia. A sua morte destacou a falha de funcionários para responder à ameaça do vulcão, em contraste com os esforços de socorristas voluntários que buscavam alcançar e tratar vítimas presas, apesar da escassez de suprimentos e equipamentos.

Omayra tornou-se conhecida internacionalmente através de uma foto feita pelo fotojornalista Frank Fournier, que veio a ganhar o prêmio World Press Photo of the Year daquele ano

Vida

Omayra Sánchez vivia com seus pais Álvaro Enrique, um produtor de arroz e sorghum e María Aleida, seu irmão Álvaro Enrique e sua tia María Adela Garzón nos arredores de Santander.

Antes da erupção, a mãe tinha viajado para Bogotá à negócios. Na noite do desastre, Omayra e sua família estavam acordados, preocupados com a chuva de cinzas da erupção, quando ouviram o som de um lahar se aproximando. Depois que ele atingiu sua casa, Omayra ficou presa sob o concreto e restos da residência e não conseguia se libertar. Quando as equipes de resgate tentaram ajudá-la, eles perceberam que suas pernas estavam presas sob o teto de sua casa.



Morte
Apesar de sua situação, Omayra permaneceu relativamente positiva: ela cantou para o jornalista Germán Santa María Barragán que trabalhava no local como voluntário, pediu por comida e bebeu refrigerante, e concordou em ser entrevistada. Às vezes, ela ficava com medo e começava a orar e chorar.

Na terceira noite ela começou a ter alucinações dizendo que não deveria se atrasar para a escola, e citou um exame de matemática. Perto do fim de sua vida, os olhos de Omayra avermelharam, sua face inchou e sua mão clareou. Em um ponto ela pediu ao povo para deixá-la para que pudessem descansar.

Ao todo, Omayla sofreu por quase três noites (aproximadamente 60 horas), antes de morrer por volta das 10:00 em 16 de novembro.

Pouco antes de morrer , segundo testemunhas ela disse :- “Acho que já vou, o Senhor está me esperando”. Poucos minutos depois a menor faleceu…
O relato do fotógrafo
Fournier chegou à Bogotá dois dias depois da erupção do vulcão. Para chegar até Armero, ele precisou viajar por mais cinco horas de carro e depois mais duas horas e meia caminhando. Segundo ele, no momento, a Colômbia enfrentava um conturbado momento político. Pouco antes da erupção, o Palácio da Justiça, em Bogotá, havia sido tomado por guerrilheiros do grupo esquerdista M-19 ( pra quem assistiu Narcos…).

“Muitas pessoas tinham sido mortas e isso tinha tido um grande impacto na forma como as pessoas da cidade de Armero foram ajudadas”, contou ele em uma entrevista concedida em 2005 à BBC. “O Exército, por exemplo, havia sido mobilizado para a capital”.


“Eu cheguei ao vilarejo de Armero de madrugada, cerca de três dias depois da explosão. Havia muita confusão, as pessoas estavam em choque e precisando desesperadamente de ajuda. Muitos estavam presos em entulhos”.
“Eu encontrei um fazendeiro que me contou dessa menininha que precisava de ajuda. Ele me levou até ela, ela estava praticamente sozinha, havia apenas algumas pessoas em volta e alguns funcionários de resgate ajudando outra pessoa perto dali”.



“Ela estava num grande lamaçal, presa da cintura para baixo por concreto e outros restos das casas que haviam desabado. Ela estava ali por quase três dias. Começava a amanhecer e a pobre menina estava sentindo dores e muito confusa”.


“Em toda parte, centenas de pessoas estavam presas. Os funcionários de resgate tinham dificuldade em chegar até as vítimas. Eu conseguia ouvir as pessoas gritando por ajuda e depois silêncio, um silêncio sinistro. Era muito assustador. Havia alguns helicópteros, alguns que haviam sido emprestados por uma companhia de petróleo, tentando ajudar as pessoas”.

“E daí tinha essa menininha e as pessoas não tinham poder para ajudá-la. Os funcionários de resgate voltavam para falar com ela, fazendeiros locais e algumas pessoas que tinham algum tipo de ajuda médica. Eles tentavam confortá-la”.




“Quando eu tirei as fotos eu me senti completamente impotente na frente dessa menininha, que estava enfrentando a morte com coragem e dignidade. Ela podia sentir que a vida dela estava indo embora. Eu achei que a única coisa que eu podia fazer era retratar adequadamente a coragem, o sofrimento e a dignidade dessa menininha e esperar que isso mobilizaria as pessoas a ajudar aqueles que haviam sido resgatados e salvos”.




“A essa altura, Omayra já perdia a consciência, às vezes recobrando-a”, revelou. “Ela até me perguntou se eu podia levá-la para a escola porque ela estava preocupada que chegaria atrasada”.

O fotógrafo acrescentou ainda ter sentido uma obrigação de retratar o que Omayra estava passando e, portanto, decidiu enviar o filme com as fotos para seu agente na França.

“Eu dei o meu filme para alguns fotógrafos que estavam voltando para o aeroporto e pedi para que eles o mandassem para o meu agente em Paris. Omayra morreu cerca de três horas depois de eu chegar lá. Na hora, eu não percebi o poder da fotografia, a forma como o olho da menina se conectou com a câmera”.

A fotografia de Omayra foi publicada dias depois pela revista Paris Match. O drama de Omayra já havia sido explorado pelas câmeras de TV. Logo, o mundo todo já sabia o que tinha acontecido e talvez por isso a foto de Fournier tenha causado tanta perturbação.

As pessoas me perguntavam: ‘Por que você não a ajudou? Por que não a tirou de lá?” Mas era impossível”, disse o fotógrafo. À época, o caso da colombiana causou grande alarde e debate no mundo sobre a questão do fotojornalismo, colocando o profissional como uma espécie de “abutre” em meio às desgraças. “Eu senti que era importante que eu registrasse a história e fiquei mais feliz pelo fato de ter havido uma reação”, disse. “Teria sido pior se as pessoas não tivessem se importado”.



“Eu acredito que a fotografia ajudou a levantar dinheiro de todo o mundo e ajudou a destacar a irresponsabilidade e a falta de coragem dos líderes de governo”, apontou. “Houve uma falta de liderança óbvia. Não havia planos de evacuação, embora os cientistas tivessem previsto a extensão catastrófica da erupção do vulcão”.

“As pessoas ainda acham a foto perturbadora. Isso destaca o poder duradouro dessa pequena menina. Eu tive sorte porque pude agir como uma ponte para ligar as pessoas com ela. É a mágica da coisa”.




“Há centenas de milhares de Omayras pelo mundo – histórias importantes sobre os pobres e os fracos –, e nós, fotojornalistas, estamos lá para criar a ponte”, acrescentou.

 


Fonte: https://pt.wikipedia.org/

           http://www.jornalciencia.com

Os campos de concentração no Ceara

Se voce ouvir campos de concentração vai logo vir a sua cabeça  Auschwitz , 2° guerra , nazismo , judeus …..

Mas nunca ira pensar que existiram campos de concentração aqui no Brasil , mais precisamente no nordeste, mas ao invés de soldados alemães temos soldados brasileiros , e a burguesia, e no lugar de judeus , tinhamos fragelados das enormes secas que castigavam o nordeste no final do seculo 19 e começo do seculo 20 , e não errado falar que castiga até hoje.



Confira aqui no blog O Mundo Real esse post que tras um pouco do “nosso passado de absurdo gloriosos “, em adaptação da materia do site  http://plus.diariodonordeste.com.br

 

Foto do Relatório da Comissão Médica de 1932 – Visitados todos os Campos de Concentração da Seca de 32

CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DO PATU – SENADOR POMPEU – CEARÁ

Os campos de concentração parecem uma realidade distante do que vivemos atualmente. No entanto, há mais de 80 anos, a situação aconteceu em solo cearense. Apesar de o nome remeter aos campos nazistas na Alemanha, de acordo com o livro “Isolamento e poder: Fortaleza e os campos de concentração na Seca de 1932”, da autora Kênia Rios, o que aconteceu no nosso Estado foi consequência da seca que assolava o Ceará desde 1930 e antecedeu os alemães.

Foto de uma das vítimas da Grande Seca, Ceará, 1878. Foto de Joaquim Antônio Correia, “Vítimas da Grande Seca”, Albúmen, Carte de Visite, 9 X 5,6 cm, Ceará, CA. 1878. Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil.

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Os dez mais mortais naufrágios da história

A controvérsias rsrs , diante das minhas pesquisas deparei com listas top dez sobre naufrágios bem diferentes umas das outras .



Quando ja estava quase desistindo do tema , meus olhos se abriram e vi que as listas se referiam “naufrágios mais mortais” , “maiores desastres marinhos ” ( que não listava os naufragios que ocorreram em rios), e ambas ignoravam o “o maior naufrágio da história” , O MV Wilhelm Gustloff.



O dito naufrágio ocorreu no fim da segunda guerra , juntamente com outros , que morreram milhares de pessoas , acredito que os autores das citadas listas quiseram citar a de navios de passageiros , mesmo quele que citou “Os 13 mais mortais naufrágios da história” não se atentou a esse detalhe.

 
 
Mas no post de hoje , vamos fazer a contagem de Os dez mais mortais naufrágios da história, apenas lembrando que muitos dos numeros são estimativas e nunca serão conseguidos a certeza de ser esse numeros exato , confiram :
 
10 ° – SS Sultana
Data: 27 de abril, 1865
Local: Rio Mississipi
Número de mortos: 1547
Civil War Steamer Sultana tintype, 1865.png
O SS Sultana era um navio que cruzava o rio Mississipi usando como fonte de energia pás d’água, presas em grandes rodas. Ele afundou após a explosão de três das quatro caldeiras. Apesar de ser considerado o maior desastre marítimo da história americana, o evento teve pouca atenção na época porque o assassinato do presidente Abraham Licoln por John Wilkes Booth e o fim da Guerra Civil Americana haviam acontecido poucos dias antes.

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